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Iluminado para a Noite dos Museus 2017 |
A segunda edição da Noite dos Museus aconteceu em maio em
Porto Alegre. Havia programação no Planetário e me deparei com o Museu do Brinquedo. Funciona em uma Kombi foragida da década de 70. No interior, uma
coleção de brinquedos que fizeram a alegria de várias gerações de crianças.
Circula por vários lugares de nosso estado levando
atividades educativas. No dia que eu a conheci encontrei alguns brinquedos que
fizeram parte da minha infância e representantes dos personagens que povoaram
minha imaginação de pequena leitora.
Bem cuidados na prateleira, entre Suzis e Barbies,
estavam Emília e Pinóquio. Emília, a serelepe boneca de pano e cheia de vida na
obra de Monteiro Lobato, o Sítio do Pica-pau Amarelo, tinha um Pó de Pirlimpimpim
que até hoje, em certos momentos, gostaria que existisse. Tem dias que seria
ótimo usar o pó mágico da Emília ou o da Sininho, a fada da história de Peter
Pan, que também estava lá e viajar para outros mundos.
Quem sabe ir para junto do boneco Pinóquio, que queria
ser gente e contar para ele que humanos fazem coisas incríveis (tanto boas
quanto más) e que não é fácil conviver com a nossa espécie, mas que ele veria
muita gente com o nariz crescendo com tanta mentira que conta.
Meu diálogo imaginário foi interrompido por uma criança
que entrou na Kombi e viu um boneco do Harry Poter chamando a atenção de sua
mãe em um misto de euforia e fantasia. Dizia que queria ter os poderes mágicos do
jovem feiticeiro.
Olhei para o guri e percebi que a diferença de idade não
interessa. Sempre sonhamos em ter o poder da magia ao nosso lado, mas ela está
em nossa cabeça, ou, como dizia a Fada Sininho, somente com pensamentos felizes
podemos sair dos lugares tristes. Museus tem esse poder de nos ligar e desligar
de mundos e tempos diferentes.
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